sexta-feira, 21 de setembro de 2007

"Eu Também"

Pedaço meu que tenho mas não sou eu.
Já sentiste isso? Estranho, mas comum.
Tenho sentido que sou muito eu ultimamente.
Muito sensível, chorona, emotiva.
Empolgada, feliz mas contida.
Certa somente das minhas incertezas.
Ora então, pois bem meu bem, cansei. Quero renovar um pedaço meu. Pedaço que não sou. Fatia daquilo inverso ao ser eu. Porque? É simples a resposta: "Às vezes queria ser diferente!" É! Aquela frase! Mas não serei diferente. Serei eu, completa, mas com fração do não-eu. Do anti-eu. Que a base nada mais do que é do que o mim. O meu que é formou o outro.
Ter essa parte só para pensar que não sou comum no comigo.
Interno e diferente.
Quem sabe assim penso mais, rio mais e falo menos.
Séria, mas espontânea.
Ter menos certezas, mas ser mais certa de mim mesma.
Se não der certo...
Culpo a outra, que oposta me livra.
(Agnes Lima)

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Deserto do teu Mar



Pois é então...
Meu deserto e teu mar.
E nesse contraste de gigantes faz se o sentido...
Pois nesse encontro, tuas águas deixam minha areia úmida,
e és tão essencial pra minha existência, que sou seca.
Tão seca, pela distância de ti.
Ó meu mar... salgado e revolto.
Regido pelos humores e intempéries do mundo...
Quebre em minha beira, que tua água sacia minha sede.
Permeia leve por entre meus poros,
e acalenta o ardor de meu coração.

Anseio por ti, na maré alta ou baixa.
De ressaca ou calmo...
Te espero a cada onda.
Espero que me aceites como seu porto...
Seguro, já que estarei sempre perto de ti.


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Texto especial, pra uma pessoa especial, que ao menos nem sei se sabe de fato que o é.
Fica aqui subscrito entre linhas e pensamentos.