sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Aquilo que chamamos de amor.

Mais um textículo.
Mais um devaneio.
O grande mal da tristeza, da dor e da desilusão, é o combustível criativo. Porquê?
Fica a pergunta.

Segue:

De Ninguém.

"Sou café com leite. Queria ser ambrosia para nos teus lábios derreter.
No entanto só te deleitas com o amargo gosto de tua indiferença em minha boca.
Se ao menos tua juventude pudesse provar de minha inexperiência...
Pedirias algodão doce.
Doce mel.
...
Oh não! Perdão, de ninguém."


(Agnes Lima)

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E para aqueles que curtem meu lado musical, aqui segue uma brincadeira que fiz com uns amigos. Uma versão de "All That She Wants" do Ace of Base.
Para ouvir: www.myspace.com/agneslima

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Lá em Dó Maior.

Eis aqui abaixo um poema por mim escrito e criado, já musicado e harmonizado em breve, em uma banca perto de você. Para quem tem alguma vontade de saber sobre meus trabalhos criativos... Estou em fase de pré-produção do meu primeiro "CD". Portanto amigos, camaradas mais próximos, preparem para em breve comprarem demos, comparecerem a shows, e principalmente, fingirem que curtem o meu som e poesias.
Segue:


Lá em Dó Maior

Entre Segundas e Sextas
Que houvesse uma sétima...
assim como nas canções.

Procura-se sempre tempo ou algo novo para nos levar
a algum outro lugar.


Entre Harmônicas e Melódicas
onde está o dissonante?
Aquilo que ecoa e não condiz?

Diferente por aparentemente não pertencer
a nenhum outro lugar.

Entre Dós e Sis
Quem tem pena de si mesmo?
E entre Rés e Lás,

andar para trás não lhe levará
a nenhum outro lugar.

Entre então por essa porta cheia de "me`s" e deixe-me lhe mostrar
em escalas, compassos e tempos,
a melodia dos suspiros
a cadência da respiração
que anseiam por você

aqui e em nenhum outro lugar.

(Agnes Lima)

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ps: Olhem este vídeo e a letra da música. Ela é música no sangue e muita crítica imbuída em sua bela voz.

Camille - Money Note



Letra: http://camille.musicas.mus.br/letras/1256350/


Beijos.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

25 Anos.

Nova Paranóia:





Depois de assistir esse comercial na televisão, comecei a achar que estou ficando velha de verdade.
Já tive paranóia de estar ficando careca, gorda, etc. Agora estou preocupada com a minha pele.

Nunca achei que minha pele estivesse ficando flácida, com a consistência estranha, meio assim-assado. Será que esse comercial, e esse produto foi tão bem redirecionado pro mercado que conseguiu me provocar tamanha "nóia"?

Tudo bem, eu sei que a gente envelhece... mas com 25 anos? Ter que passar creminho na cara? Estou meio desnorteada, não sei se é verdade ou se é besteira, para agora eu e mamis termos cada uma um potinho diferente no banheiro.

Minha irmã está com 16, será que quando ela fizer 20 vai ter um crème-de-la-crème também? "Natura Chronos 20+ para você, que acabou de sair da puberdade, não ficar com cara de adulta nunca."

Será que funciona? Acho que vou passar a fazer análise por causa disso. Eu me olho no espelho e começo a vislumbrar os pés de galinha, embora não haja nada no canto das minhas pálpebras.

O bizarro é que as indagações do comercial, são AS MINHAS indagações... COMO VOCÊS PUBLICITÁRIOS SABEM DISSO?

Me sinto uma total idiota. Enfim...

Velha ou não, continuo escrevendo coisas meio sem sentido que denotam meus 25 anos, segue aqui mais um devaneio literário para os que se interessam:

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"Silhuetas"



Ao longe e à baixa luz qualquer cena enxergada por silhuetas é facilmente tratada como bela. A distância simplifica a beleza.

Mas contudo suprime os detalhes, defeitos.

Olho-te de longe agora, à meia luz assim por dizer e tens uma beleza sublime.

Procuro mesmo de longe forçar os olhos e enxergar melhor seus detalhes, curvas, saliências e adornos. Ainda não enxergo bem.

Me aproximo, querendo não ser superficial, e conhecer tais diferenças perceptíveis, nuas. Nuas de qualquer influência ou jogo de luz. Quero o cru, o puro.

Chega de silhuetas, chega de formar verdades para si, quando não se é ciente. Procuro as imperfeições que criam as perfeições.

O teu detalhe que me estonteia e me alucina. Sem sombras de dúvida. Sem dúvidas do que é.

Descobrir e revelar por entre as brumas, a luz, tão clara e límpida que me faça ver teus poros, pelos e brilhos.

Mas não quero um holofote, esse também cega e cobre, o mesmo que a sombra faz. Aos poucos, quando precisar, aumenta-se a luz, ou apaga-se novamente.

O que realmente importa é ter o verdadeiro ser à frente, descoberto e desbravado conforme os passo que dou em direção a luz.

É assim, calmo, natural e nu, sempre despido de padrões de perfeição.

Pois cada ruga tua quero sentir com a mão.

Pois é verdade, silhuetas enganam, mas minha curiosidade não as deixam me ludibriar.
Sei, que sua silhueta e teus poros, são ambos, obras de arte.
E acrescento, elisíacos.

(Agnes Lima)