quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Madrugando pensamentos.




















Filosofando um dia desses com 2 grandes amigos, cheguei a seguinte conclusão. (Um deles é oriental).

Toda essa questão da humanidade moderna/pós-moderna de valores imutáveis, relacionados à verdade absoluta, como, família, natureza, bem estar, viver bem, meditar, pensar, tudo isso, é de conhecimento de todos. TODO mundo sabe disso... Só que APENAS os povos "Orientais" e "Índios" são capazes de dizê-la aos outros na hora certa, de forma que pareça que ninguém saiba da existência disso. Como se fosse uma iluminação, ou algo assim.

Mas porquê? Será que a razão é que esses povos mantêm conhecimentos antigos dentro de sua cultura, enquanto nós ocidentalóides esquecemos de tais ciências? Não é óbvio que está tudo errado? Porquê ninguém (obviamente existem exceções) muda de atitude? Ninguém tira um tempo pra meditar sozinho e ver o sentido de tudo. Pensar nas consequências dos atos, de que a tua vida influência a de várias outras pessoas.

Enfim... Isso tudo porque meu amigo conseguiu como um bom oriental olhar pelo lado positivo, dado o fato de que eu toquei piano durante 7 anos, larguei 10 para tocar guitarra, e agora percebo que deveria estar no piano. Meu olhar foi de arrependimento, dado ao fato de 10 anos perdidos, em que desperdicei uma possível virtuosidade em um instrumento que me dá uma gama criativa muito maior que o violão ou guitarra.
Mas o rapaz de olhos puxados me fez enxergar, que, se não fosse a guitarra, eu não teria chegado a essa conclusão, enfim... falhas, adversidades, condições e circunstâncias...

Eu achei muito interessante, e analisei mais a fundo as culturas indígenas e orientais... de fato, são as que se conservam de forma exemplar. Em termos de cultura e gerações.

No Japão só tem japonês de olho puxado, todos seguem os preceitos, e japonês misturado você só encontra fora da ilha, e mesmo assim, são ligados à cultura.

Eu não sei nada sobre Áustria, Portugal ou Alemanha em termos culturais, mas sei da parte indígena... enfim... me levou a pensar nas minhas raízes.

Quase ninguém vai ler isso aqui, mas caso leiam... fica a indagação... A verdade universal está escondida sob nossa falta de vínculo com o nosso passado? Onde ainda havia uma certa unidade com a natureza, fé, consciência, etc? Dada a situação da nossa geração?

Beijos

Fui

3 comentários:

Anônimo disse...

Uma vez eu li que o Lúcifer, por ser demasiado apegado à humanidade desceu até ela, foi até um grupo de homens e lhes ensinou a fazer e usar uma roda, além do controle do fogo. Depois dessa intervenção, a ciência caminhou muito rápido e a filosofia ficou para trás.
Não lembro onde li e nem acredito, mas é sempre bom ter mais de uma desculpa pros erros, mesmo que seja apontando o dedo para alguém.
Acabei de provar que eu, ocidental, sou pouquíssimo sábio, mas muitíssimo inventivo. :*****

Anônimo disse...

Nota 10! Momento introspectivo à 3 bem especial. Nada como catalisadores de pensamento (cervejas) e uma boa disposição para discussão.

márcio pombo disse...

lúcifer, assim como os homens, tem a ambição de ser deus. e acho que a experiência humana na verdade está diretamente ligada a isso. talvez os orientais tenham consciência disso de maneira oposta a nós. enquanto nós (alguns poucos) aceitamos que haja um processo evolutivo através do autoconhecimento, mas vivemos atrás mesmo é do controle sobre as coisas da nossa vida, os povos orientais vivem uma cultura onde a meditação e o autoconhecimento são elementos intrínsecos à sua educação, mas por serem também humanos, passam pela necessidade de experimentar o poder. e o resultado é que acabamos obcecados pelo nosso instinto enquanto que eles conseguem lidar melhor com as adversidades geradas pela necessidade de controlar algo que não se tem controle mesmo. aliás, só existe satisfação no que se pode dar (ou seja, no que se tem controle), não no que se pode receber. somos meras crianças mimadas querendo a cada dia um brinquedo novo. um santo da índia disse uma vez que o algo mais que o homem vive procurando na verdade é deus. vale a pena pensar.